domingo, 28 de junho de 2015

Desafios Políticos do SUS

Desde criança ouço falar que o SUS (Sistema único de saúde) está em crise mas nunca ouvi ninguém apresentar fatos sobre esta afirmação. Hoje irei explicar um pouco sobre os desafios que o SUS enfrenta e se está realmente em crise.
O que deve se levar em consideração primeiramente são as características da população, hoje em comparação com o passado temos uma população mais velha e que de acordo com dados do IBGE até 2050 19% da população terá faixa etária de 65 anos. Mas o que isso tem haver com o SUS¿  Pensando nesta perspectiva devemos analisar o que vêm junto com este envelhecimento da população, que no contexto analisado se refere as DCNT conhecidas como Doenças crônicas não transmissíveis.  Analisando o que foi dito, devemos nos perguntar se o Sistema está preparado para este novo contexto! O que se percebe é que há um desencontro. O sistema está adaptado para receber situações agudas e de agudizações e não para tratar o paciente integralmente. Além de outros fatores como, por exemplo: Fatores históricos (as DCNT são enfrentadas na mesma lógica das condições agudas), e aspectos Culturais (de que só as pessoas ricas e idosas são afetadas pelas doenças crônicas).
Já se identificou um dos principais problemas , agora iremos para os desafios:
  •          Financiamento do SUS-  Falta de recursos ou até mesmo excesso. Uma denuncia feita pelo Fantástico, programa da rede Globo, flagra um grande estoque de próteses hospitalares sendo que o volume era tão grande que daria para abastecer a população do DF pelos próximos cinquenta anos;
  •          Apropriação do Público pelo privado-  no caso são empresas (hospitais particulares) que são isentos de impostos) e que fazem atendimentos pelo SUS, sendo que na verdade  uma humilhação para as pessoas que irão ser atendidas pela rede públicas pois os que irão ser atendidos pelo privado terão maiores direitos, e até mesmo acomodações. Contrariando os princípios de equidade=igualdade.
  •          Recursos Humanos: Profissionais que são formados na lógica da iniciativa privada.
  •          Humanização: há necessidade de mais profissionais que não pensem de modo mercantilista e sim de pessoas que prezem no bem estar real do paciente.
  •          Efetivação da participação popular: O cidadão ter coragem de lutar pelos direitos que lhe são dados, ser efetivo na participação de reuniões.


Há um caminho longo pela frente na melhora do Sistema, há ainda muitas desigualdades que podem ser modificadas pelos próprios profissionais, além de muitos problemas no gerenciamento como se pode perceber no texto acima, as pessoas que compõe este sistema são os principais envolvidos para que se haja uma mudança não se esquecendo do público que utiliza o SUS e que também tem um papel importantíssimo para essa mudança.


Aqui está o link de uma reportagem onde a Secretaria de Saúde do Distrito Federal descobre próteses esquecidas em estoque: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/05/saude-do-df-descobre-proteses-hospitalares-esquecidas-em-estoque.html


Por: Helena Dias

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